Tudo começou com um colega da área de vendas que se inspirou em uma bomba impressa em 3D. Para atender à demanda da indústria de manufatura aditiva, ele teve a ideia de adaptar o transportador de pó de metal com o uso de um transportador pequeno, já que normalmente é necessário transportar apenas pequenas quantidades de pó.
O desenvolvimento do piFLOW®am é um ótimo exemplo do trabalho em equipe, do ambiente colaborativo e da cultura inovadora presentes na Piab. Depois que a ideia surgiu, o primeiro conceito foi criado por um de nossos engenheiros de aplicações juntamente com um cliente e outros fabricantes. Tratava-se de uma solução personalizada, que passou por várias iterações até que nossa equipe de P&D foi chamada para desenvolver o protótipo, para que fosse criado um produto padronizado, fossem realizados testes de vida útil e funcionalidade para garantir a qualidade do produto e criados o manual do usuário e outros documentos relevantes. Construímos o protótipo aos moldes da Piab, o que quer dizer que o desmembramos em blocos modulares, proporcionando um alto nível de flexibilidade e adaptabilidade ao usuário, compatibilidade com nossa linha de produtos e peças sobressalentes, e uma manutenção do produto facilitada.
Para mim, esta é uma maneira maravilhosa de se desenvolver produtos novos: com base em demandas latentes e trabalhando em conjunto com um parceiro do setor disposto a participar para testar e validar nossas ideias desde o início e não apenas quando produto já está finalizado. Adoraríamos que cada vez mais nossos usuários se tornassem parceiros. Assim, seria possível criar uma solução única e totalmente personalizada para atender às suas demandas, além de que poderíamos aproveitar essa troca de informações para desenvolver módulos padrão para aplicações.
O melhor de tudo aqui é que a bomba também é impressa em 3D, então, estamos produzindo um produto para a indústria da manufatura aditiva ao mesmo tempo em que também o utilizamos.
Comemorando nosso 70º aniversário este ano, tivemos nossa vasta experiência em conjunto com as tecnologias mais recentes à disposição para desenvolver este produto. Além disso, por sermos uma grande organização, pudemos aproveitar para colocar produtos recém-lançados em uso em diferentes divisões. O ejetor, por exemplo, havia sido desenvolvido recentemente para uso nas bombas mais atuais, em nossa divisão de automação de vácuo para aplicações em robótica.
Nós, da equipe de P&D da divisão de transporte de vácuo da Piab, estamos muito felizes com a chegada da manufatura aditiva, porque assim podemos eliminar dificuldades de design comuns aos processos de produção tradicionais. Antes, o design não dependia apenas das especificações do produto, mas também das possibilidades de cada ferramenta. A manufatura aditiva traz um mundo de novas possibilidades. Isso influencia não apenas a criação do design dos produtos, mas também afeta significativamente a perspectiva de produção, especialmente tratando-se de peças pequenas, porque a impressão em 3D de pequenas peças não requer outras ferramentas e assim oferece níveis maiores de flexibilidade. Além de funcionar perfeitamente para a área de peças sobressalentes. Por exemplo, se um produto é descontinuado, não há mais a necessidade de manter suas partes ou ferramentas em estoque. Então, basta guardar seu projeto para poder produzir suas peças sob demanda.
A manufatura aditiva ainda não é totalmente automatizada. Assim, o manuseio do material tem um papel muito importante para o sucesso neste setor. Na minha opinião, como gerente de P&D, é fascinante poder participar deste processo desde o início, porque sabemos que esta tecnologia está prestes a dominar a produção em massa. Também fico muitíssimo feliz e orgulhoso em fazer parte desta realidade em que diferentes engenheiros, fabricantes e gerentes de vendas contribuíram com sua expertise para criar um produto.